Agberto Guimarães – diretor executivo de esportes do COB (Comitê Olímpico do Brasil) fala sobre o Skate Olímpico no Brasil

TRECHO DA ENTREVISTA AO BLOG LANCE / LAGUNA OLÍMPICO 

Matéria na íntegra :   http://blogs.lance.com.br/laguna-olimpico/agberto-guimaraes-cob/

Foto : Saulo Cruz / Exemplus / COB

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Pergunta: O skate brasileiro está envolvido em uma polêmica com a CBHP pleiteando para si a organização da modalidade, e a CBSk pedindo reconhecimento do COB, até criando abaixo-assinado oficial. De que forma o COB está lidando com esta situação?

Resposta : “Quando foi proposto ao COI incluir cinco novos esportes, cada um deles tinha que ter uma federação internacional reconhecida pelo COI que fosse o guarda-chuva deste esporte. Na história do movimento olímpico, o caratê lutava para ser olímpico muito antes até do que taekwondo. Não era reconhecido porque tinha várias federações internacionais, de categorias e modalidades diferentes. Não havia uma unidade, e o COI não o reconhecia como esporte, nem levava a chance de ser olímpico.

O taekwondo fez isso muito bem em Seul. Para fazer parte do programa de Seul, tiveram que eleger uma única federação internacional e a partir daí o COI votou para incorporá-lo no movimento olímpico e assim foi.

Quando estes novos esportes foram aprovados para 2020, já se sabia que o skate mundialmente não tinha uma federação única, mas várias associações e federações. A forma criada pelo COI foi incluir o skate na FIRS (Federação Internacional de Esportes sobre Rodas). A partir daí, com a federação internacional foi reconhecida, o COI anunciou para o mundo inteiro quais eram as federações de cada uma das cinco modalidades. Ficamos então esperando que a federação internacional de cada um destes esportes dissesse ao COB qual era a confederação que representava aquele esporte olímpico no Brasil. E a única confederação do Brasil reconhecida pela FIRS e pelo COI para o skate em 2020 é a CBHP (Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação), que está em processo de filiação ao COB.

Não pode ter duas confederações representando o mesmo esporte. A partir de agora, o que precisa ter agora é um trabalho entre a CBHP, a única reconhecida até segunda ordem pela FIRS, com o skate, para quem eles façam um trabalho em conjunto. Um é o representante legal da modalidade junto ao movimento olímpico e à FIRS e o outro é a entidade que tem efetivamente os atletas. Eles precisam trabalhar juntos.

Vamos buscar uma aproximação junto às duas confederações no sentido de auxilia-los neste trabalho. Essa briga não leva a lugar nenhum, não ajuda ter dois donos. Há um só canal de comunicação, tem um só representante oficial e um só reconhecido pela federação internacional e pelo COI. É por aí que a gente vai. Nossa interlocução será sempre com o órgão oficial representante daquela modalidade no país. Não posso fazer diferente.”

– Agberto Guimarães – Diretor executivo de esportes do COB

 

 

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